Home » Livros » A Criatura (Coleção Barco a Vapor, Edições SM, 2005, 190 páginas)

Vencedor do Prêmio Adolfo Aizen 2006, da União Brasileira de Escritores (UBE), "A Criatura" aborda um tema que é parte integrante do dia a dia dos adolescentes contemporâneos: os videogames.

Nele a autora conta a história de Eugênio Klaus, de 15 anos, arrogante geniozinho da Informática, que tem seu passe precocemente disputado por empresas criadoras de games. Contratado pela Magnum Softwares, ele passa a trabalhar no projeto do cibertransporte, método que permite transportar o jogador desses games para dentro do mundo virtual.  Em casa, particularmente, trabalha na criação de um personagem de computador (“a criatura” do título), especialmente idealizado para testar os jogos que projeta.

Desafiado por sua própria criatura, Eugênio se vê disputando com ela, dentro do ambiente virtual, um jogo cujo tema é a mitologia grega. Heróis e monstros então se misturam, numa aventura cheia de suspense, através do jogo eletrônico que criador e criatura disputam, até seu surpeendente final.

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                Fase 6 — conseguiram escutar o que a voz dizia, apesar dos rugidos assustadores do Minotauro: Derrotar a Quimera.

                O que será isso, Quimera? , se perguntou Eugênio, já meio cansado de tantas aventuras.

                Mas a resposta veio logo.  Um monstruoso animal que cuspia fogo apareceu de repente, quase queimando os jogadores com as labaredas que lançava pela boca.  O bicho tinha cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão, e destruía tudo por onde passava. 

                — Deixa comigo! — falou um herói que chegou logo atrás dele.  — Sou Belerofonte, e tenho prática em acabar com esse monstro.  Só preciso pegar o arreio de ouro que a deusa Atena me deu pra colocar no cavalo Pégaso e volto já.

                Belerofonte saiu de cena, mas a Quimera não parecia disposta a esperar.  Começou a berrar selvagemente e a avançar na direção de Eugênio e Loser, que dispararam a correr, desesperados.  Os dois corriam muito, mas o bicho era mais veloz, e logo podiam sentir um preocupante calor que se aproximava cada vez mais de suas costas.

                — Usa essa cornucópia aí! — gritou Eugênio para Loser, no auge do desespero.

                — Mas o que é que eu posso tirar daqui? — perguntou a criatura, sem conseguir pensar em nada.

                — Você é um inútil mesmo! — berrou o garoto, já sentindo o fogo da Quimera lamber sua camisa.  — Vou tentar a caixa de Pandora! Se não der certo, estamos mortos!

                Foi quando o monstro os encurralou de encontro a um enorme muro de pedra.

                Eugênio então levantou a tampa da caixa.

 

                                      Entrega do Prêmio Adolfo Aizen, da UBE, na Academia Brasileira de Letras

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